quarta-feira, 4 de março de 2009

Modelos Culturais

Modelo Cultural de Edgar Morin

Ao contrário de teorias/esquemas anteriores, os investigadores franceses centram a comunicação tendo em conta a vertente da cultura de massas e na sociedade em si, visam uma concepção sociocultural.
Um desses investigadores foi Edgar Morin, como afirmei anteriormente, este foca-se na cultura de massas, bem como no fenómeno do consumo cultural, segundo este teórico, a cultura de massas é gerado através do processo dialéctico englobado em três elementos inteiramente relacionados, criação, produção e consumo.



Modelo Cultural de Abraham Moles

O modelo deste investigador insere-se numa perspectiva cibernética, ele defende que estamos perante uma sociodinâmica da cultura, na medida em que há uma interacção constante entre a cultura e o meio a que ela pertence, interacção essa realizada pelos criadores que provocam a evolução.
Segundo Abraham Moles a comunicação está envolvida em quatro elementos, o macro-meio representa a sociedade em si, integrado nela está o criador, este é aquele que age, tem como objectivo desenvolver ideias novas, desempenhando assim actividade em todos os ramos em função de um micro-meio, sendo este entendido como um sub-conjunto da sociedade, através dos mass-media .


Modelos de Comunicação de Massas

Estes foram inseridos nos modelos de base cibernética devido ao facto dos meios de comunicação se basearem na retroacção como elemento regulador da sua boa aceitação por parte dos seus públicos.


Modelo Geral de Comunicação – Gerbner

Gerbner é o teórico de um modelo apresentado em 1956, este caracteriza-se pelo poder de apresentar formas diferentes em função do tipo de situação de comunicação que descreve.
Este modelo tem a vantagem de poder ser utilizado para variados fins, pode descrever a comunicação mista entre humanos e máquina bem como pode ser usado para diferenciar áreas de investigação e construção teórica.


Modelo da Comunicação de Massas de Schramm

No modelo deste teórico as mensagens são inúmeras mas idênticas, o emissor é colectivo, são ao mesmo tempo, o organismo e os mediadores que dele fazem parte. As operações de codificação, interpretação e descodificação existem e são obra de vários especialistas que utilizam fontes exteriores (por exemplo num jornal serão os despachos das agências, as informações recolhidas pelos jornalistas) e têm em conta a retroacção ou o feedback induzido (dando o mesmo exemplo do jornal, tal será observado pelas cartas dos leitores ou pelo numero de tiragem).



Modelo do Processo de Comunicação de Massas – Maletzke

Através deste modelo, Maletzke evidencia a extensão do processo de comunicação de massas com base nas suas implicações sociopsicológicas.
Maletzke no seu esquema apresenta alguns elementos já abordados anteriormente, Comunicador, Mensagem, Meio e Receptor, adicionando mais dois elementos que surgem entre o meio e o receptor. Um deles é a pressão ou constrangimento causado pelo meio, este teórico defende que o dia-a-dia do receptor é completamente influenciado pelas características, princípios e conteúdos do meio. O outro é a imagem que o receptor tem desse mesmo meio influencia a sua escolha relativamente aos conteúdos.

Modelos de Base Cibernética

Modelo de Schramm

Schramm acrescenta aos modelos lineares uma nova dimensão, na medida em que através da retroacção vai haver um intercâmbio e interinfluência que cada um exerce sobre o outro. De acordo com Schramm o acto comunicativo é interminável, afirma que é erróneo evidenciar que o processo de comunicação tem um início e um fim determinado.
Neste modelo, tanto o emissor como o receptor são capazes de “codificar” e “descodificar”, ou seja, ambos conseguem emitir e interpretar as mensagens.O conceito de feedback equipara-se ao de reacção, na medida em que quando se recebe a mensagem vai-se reagir de acordo com o que recebeu.

Modelo Circular de Jean Cloutier
Jean Cloutier é o autor mais representativo desta corrente comunicativa, este teórico defende que o esquema de Emerec não é estático e que assenta no seguinte: em primeiro lugar, Jean Cloutier afirma que todos os esquemas são orientados a partir de cada Emerec, ou seja, a partir de cada indivíduo que recebe ou emite informação. Informação essa que só consegue ser concretizada se a linguagem e a mensagem estiverem indissociáveis, pois é a linguagem que permite encarnar uma mensagem. Defende também que é fulcral a existência do médium, ou meio, visto que só através deste é possível transportar as mensagens no tempo e no espaço.

Modelos de Base Linear


Modelo de Base Linear de Lasswell

Toda a investigação que está interligada com a comunicação foi marcada por um artigo onde se descreve o acto de comunicar, publicado em 1948 pelo americano Harold Lasswell. Este mesmo artigo dividia o acto da comunicação em 5 partes, sendo cada parte representada por um elemento. Segundo Lasswell descrever o processo de comunicação é seguir um trajecto unidireccional, é responder as seguintes questões: a quem, diz o quê, por que canal, a quem e com que efeito. Quem, diz respeito ao emissor, aos factores que dão início e orientam o acto; Diz o quê, é a mensagem, aqui integra-se uma análise do conteúdo; por que canal, é o meio, com esta pergunta e através de uma análise dos meios ficamos a saber se são meios interpessoais ou de massas; a quem, são as pessoas atingidas por esses meios, esta pergunta envolve uma análise da “audiência”; e por último, com que efeito, diz respeito ao impacto exercido pela mensagem sobre a “audiência”.


Modelo Linear de Shannon e Weaver

Quase na mesma altura que Lasswell apresentou as cinco perguntas, os teóricos Shannon e Weaver surgem com novos estudos, sendo estes influenciados pelo primeiro.
A teoria destes é essencialmente matemática, esta vai permitir estudar a quantidade de informação que uma mensagem é detentora e a capacidade de transmissão de um determinado canal.
O modelo de Shannon e Weaver é também um modelo linear, constituído por seis elementos, estes foram inicialmente gerados para apresentar aspectos técnicos das telecomunicações mas posteriormente foram alargados às ciências sociais e humanas.
Segundo esta teoria matemática a comunicação estabelece-se perante uma fonte de informação sendo esta o momento da produção da mensagem, esta mensagem é transformada pelo transmissor para posteriormente prosseguir com o envio dessa mensagem por um canal, aqui surge um novo termo a fonte de ruído, esta não é desejada pela fonte, pois vai distorcer a mensagem. De seguida a mensagem é enviada para o receptor, este recebe o sinal transmitido pela fonte para poder alcançar o ponto de achegada, o destino.